Numa era caracterizada pelo rigor, cientificidade e competitividade é imprescindível organizarmos e planearmos as nossas actividades nos diferentes domínios. Daí advém a tentativa de tornar mais científica e propositada a nossa intervenção. Seguindo assim esta linha orientadora, eis que se torna fundamental a realização de um projecto relacionado com os Ensinos Clínicos.
Neste contexto, um projecto aparece antes como um antecedente imediato da realização das operações das quais constitui uma imagem e, portanto, não incide sobre uma acção realizada, mas sobre uma acção a realizar. Relaciona-se com o futuro de que se constitui uma antecipação, uma visão prévia. Não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia, é um futuro “a fazer”, um amanhã a concretizar, um possível transformar em real, uma ideia a transformar em acto. (BARBIER, 1993: 43)
Os objectivos deste projecto são essencialmente descrever as minhas perspectivas de trabalho e de aprendizagem; tal como, orientar, desenvolver e, futuramente poder avaliar as mesmas.
Pretendo assim, encarar este projecto como sendo flexível, permitindo-me gerir o meu trabalho e tempo disponível para o realizar com lógica e método, adquirindo uma boa aprendizagem. Procurarei o melhor caminho para que este Ensino Clínico seja o mais produtivo e enriquecedor possível!
Pretendo ter um papel activo neste processo de aprendizagem, envolvendo-me e mostrando-me sempre disponível e motivada nas diferentes situações de aprendizagem proporcionadas no dia-a-dia. Espero desenvolver o meu espírito crítico e o meu sentido de reflexão demonstrando curiosidade, objectividade, precisão e análise crítica.
De modo a facilitar a organização das ideias e também a consulta do documento, optei por sistematizar o desenvolvimento do texto em diversas temáticas devidamente identificadas. Este trabalho apresenta assim o plano geral de estágio onde se inserem os objectivos gerais, discriminados no Guia Orientador deste Ensino Clínico e também, os meus objectivos específicos e pessoais, juntamente com as actividades que visam a realização dos mesmos.
No final, insere-se um cronograma de actividades que permitirá uma boa organização e a melhor gestão de tempo para cada actividade, e ainda um breve comentário final. Em anexos, encontram-se alguns documentos que permitirão completar o que é dito ao longo do texto.
Para a realização deste projecto, apoiei-me do Guia Orientador, das minhas pesquisas bibliográficas e da Internet e; ainda da observação constante, do diálogo com a Enfermeira Manuela Branco e, com os utentes pertencentes a esta Unidade de Saúde.
Este projecto constitui uma oportunidade para dizer quem sou e para onde quero ir! Este representa assim “o meu primeiro desafio” neste novo Ensino Clínico.
De modo a dar continuidade e finalidade ao presente projecto, irá ser elaborado um Relatório Crítico de final de Estágio em que concluirei se os objectivos propostos, foram ou não atingidos, como e porquê.
1. SER ESTAGIÁRIA DE ENFERMAGEM NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Este estágio representa uma nova oportunidade para aplicar, desenvolver e solidificar os meus conhecimentos na área da Enfermagem de Saúde Comunitária pois, corresponde ao meu segundo estágio numa Instituição deste género. Mesmo tendo anteriormente contactado com esta realidade, penso que não seria adequado da minha parte iniciar esta nova etapa sem fazer uma curta revisão acerca do que se entende por “Cuidados de Saúde Primários” e “Centro de Saúde”.
Segundo Imperatori (1999), citado nos apontamentos das aulas de Enfermagem Comunitária pela Professora Marília Simões, o conceito de “cuidados de Saúde Primários” pode ser definido como sendo “o primeiro nível de cuidados que representa o acesso ou entrada ao sistema de saúde para indivíduos, famílias ou comunidades (…) e que põem à disposição os cuidados de saúde o mais perto possível do sítio onde vive ou trabalha a população (através do Centro de Saúde), devendo sempre proporcionar cuidados preventivos, curativos e de reabilitação, bem como a educação para a saúde”.
Atendendo ao que foi acima citado, é fácil entender que os Centros de Saúde permitem a prestação de serviços/cuidados que visem promover a saúde, prevenindo a doença, curar a doença quando ela já existe e ainda, recuperar os níveis de saúde existentes anteriormente à doença. Surge deste modo, uma grande interacção de carácter científico, à comunidade em geral e, ao indivíduo/família em particular, no sentido de incentivar para o auto-cuidado e auto-controlo dos diversos aspectos do seu dia-a-dia que determinam o seu bem-estar e a sua qualidade de vida. Existe assim um verdadeiro envolvimento da pessoa em todo este processo, assumindo um papel activo e tornando-se responsável pelo seu estado de saúde/doença.
2. OBJECTIVOS GERAIS
O Ensino Clínico é considerado um momento de excelência, uma vez que permite o contacto directo com o utente/família/comunidade e profissionais de saúde, mas também, oportunidades para desenvolvermos competências técnicas e científicas no “cuidar”, promovendo-se ainda, a aquisição de conhecimentos teóricos e práticos necessários ao exercício da Enfermagem.
Cito de seguida os objectivos gerais propostos pela Escola, de modo a contribuir para uma melhor formação e um estabelecimento de metas atingíveis, em tempo de estágio, que contribuam para o meu êxito e o dos restantes colegas, nesta nova etapa.
Assim, os objectivos gerais deste Ensino Clínico preconizados pelos nossos Professores da ESEBB são:

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Ainda no Guia Orientador de Estágio, foram propostas actividades/estratégias que poderão ser desenvolvidas, tendo sido recomendadas para uma maior facilidade na concretização dos objectivos deste Ensino Clínico. Deste modo, estas orientações específicas são:
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De acordo com a filosofia do cuidar em Enfermagem implementada na nossa Escola, espero ainda continuar a desenvolver competências a nível do Saber (adquirindo e aprofundando conhecimentos), do Saber-Fazer (desenvolvendo destreza e outras competências na execução de técnicas/procedimentos), do Saber-Ser (demonstrando uma postura correcta e adequada), do Saber-Aprender (tendo uma atitude reflexiva acerca das minhas aprendizagens, aprendendo a aprender) e do Saber-Estar (adaptando o cuidar ao contexto).
3. O MEU PLANO DE ACTIVIDADES
O planeamento é um instrumento de trabalho que permite seleccionar um conjunto de procedimentos, para definir e coordenar o que deve ser feito para atingir determinados objectivos, num determinado período de tempo e, previsto de uma forma antecipada. (BARBIER, 1993: 58).
Na elaboração dos meus objectivos específicos tive em atenção as condições oferecidas pelo meio ambiente (da Instituição e da própria comunidade), os meus conhecimentos produzidos no passado noutras situações semelhantes (nomeadamente num anterior Ensino Clínico realizado no Centro de Saúde de Santa Clara), mas também, os conselhos e advertências daqueles cuja experiência é mais rica.
Pretendo assim obter um plano de actividades realista, com objectivos concretizáveis e, que vá de encontro à minha ambição em desenvolver-me pessoal e profissionalmente, aproveitando todas as oportunidades que me forem oferecidas.
Apresento deste modo para cada objectivo, um conjunto de actividades que me proponho a desenvolver individualmente ou em equipa, nesta Unidade de Saúde em que me encontro de momento a estagiar. Esforcei-me ainda para justificar, quando considerei pertinente, o porquê do desejo em concretizar determinada acção / actividade.
- 1 -
Compreender o papel do Enfermeiro no seio do sistema de saúde tendo consciência do seu impacto sobre a saúde das populações. e reflectir acerca da especificidade da Enfermagem no contexto dos Cuidados de Saúde Primários com o fim de desenvolver competências nesta área.
Coloquei este objectivo em primeiro lugar pois, acredito que para podermos prestar cuidados de Enfermagem, é necessário termos consciência do que nós somos, sabemos, fazemos e queremos. Só tendo a identidade do nosso Ser Enfermeiro construída, poderemos afirmar-nos junto às pessoas a quem prestamos cuidados de Enfermagem. Só assim entendemos o nosso papel no sistema de saúde e só assim obteremos o devido reconhecimento pelo nosso trabalho. Irei portanto reflectir acerca do que eu sou e do que eu quero, procurando entender o meu papel no sistema de saúde e mais concretamente, no contexto em que me encontro agora a estagiar. Espero deste modo e ainda, pesquisando sobre as competências do Enfermeiro de nível I na área dos Cuidados de Saúde Primários, conseguir desenvolver estas mesmas competências, escolhendo o caminho mais correcto para atingir as minhas metas como actual estagiária e futura Enfermeira.
- 2 -
Conhecer a estrutura física, a orgânica e o funcionamento, da Unidade de Saúde de Quiaios.

§ A estrutura organizacional e funcional da unidade;
§ Os recursos humanos disponíveis;
§ Os horários implementados na instituição;
§ Os horários de funcionamento de outros serviços realizados no Centro de Saúde da Figueira da Foz (por exemplo do CRU);
§ Algumas das actividades desenvolvidas pela equipa de enfermagem bem como a sua metodologia.
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- 3 -
Integrar-me no dinamismo da equipa multidisciplinar e contribuir para o desenvolvimento de relações de trabalho baseado no profissionalismo e no respeito.
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- 4 -
Conhecer as características da população servida pela Unidade de Saúde de Quiaios com o fim de identificar os problemas e necessidades sentidas.
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§ Entrevistas informais aos diferentes profissionais da equipa multidisciplinar e aos utentes, aquando das consultas e ainda, aos representantes da Junta de Freguesia de Quiaios e aos professores das respectivas Escolas.
§ Consulta de diversos documentos e dos registos informáticos (programa EMÉRIUS).
- 5 -
Conhecer os recursos existentes na Figueira da Foz e mais especificamente em Quiaios
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§ associações, bibliotecas, bombeiros, meios de transporte públicos, centro de emprego, centro regional de segurança social, escolas primárias e secundárias, universidade, correios, direcção geral do ambiente, brigada fiscal, hospital distrital, polícia da segurança pública, posto de turismo, serviços de água e saneamento e, tribunal judicial.
- 6 -
Prestar cuidados de Enfermagem em cooperação com a equipa multidisciplinar ao indivíduo, família e comunidade em todas as etapas da vida e nos diferentes níveis de prevenção, utilizando uma metodologia técnico- científica
§ Observação da actuação e dinâmica das Enfermeiras Manuela Branco e Diamantina Lourenço, durante a consulta.
§ Acolhimento da criança e seus acompanhantes, criando com ambos um clima de confiança propício à colocação de dúvidas.
§ Solicitação aos pais/acompanhantes da criança, da apresentação do boletim individual de Saúde Infantil e Juvenil, bem como do Boletim Individual relativo à vacinação.
§ Avaliação e registo do estado estato-ponderal, perímetro cefálico e desenvolvimento psico-motor.
§ Avaliação do estado geral da criança e vinculação com os seus familiares mais próximos, a fim de identificar situações de risco.
§ Realização do teste de diagnóstico precoce, se necessário.
§ Avaliação da situação vacinal e proceder à sua actualização, caso seja necessário, de acordo com o Plano Nacional de Vacinação, informando a criança/acompanhante da importância do seguimento do calendário vacinal.
§ Realização de acções de educação para a saúde, despistando as necessidades e fornecendo informações pertinentes para cada caso (por exemplo, sobre a alimentação, sono e repouso, cuidados de higiene e conforto, prevenção de acidentes e comportamentos de risco).
§ Fornecimento aos acompanhantes de folhetos/brochuras que ajudem os pais a perceber as capacidades e aptidões da criança em cada estádio psico-motor.
§ Colaboração na marcação das consultas e na realização do exame físico geral à criança/jovem, procedendo à avaliação da audição, visão, postura, comportamento, linguagem, estado de nutrição. Desenvolvimento estato-ponderal e psicomotor, dentição e estado de higiene. Os registos serão feitos nos respectivos impressos e no programa Emerius.
Dentro da área da Saúde do Adulto e do Idoso, encontramos duas consultas muito específicas: a Consulta de utentes com Hipertensão Arterial e a Consulta de Diabetologia. A seguir refiro algumas das actividades comuns a estas consultas:
§ Acolhimento do utente/família.
§ Estabelecimento de uma relação empática com o utente/família de forma a facilitar a expressão de dúvidas e receios.
§ Incentivar a participação dos familiares em todo o processo de tratamento do utente.
§ Detecção de factores de risco, problemas e de necessidades alteradas e, encaminhar para a consulta médica se necessário.
§ Prestação de cuidados de Enfermagem de forma individualizada e personalizada.
§ Realização de acções de educação para a saúde com temas pertinentes, tendo o cuidado de adequar a linguagem às características do utente e, proceder à sua avaliação.
§ Fornecimento de material informativo de forma a completar as acções de educação efectuadas.
§ Verificação da situação vacinal do utente e actualização da mesma se necessário.
§ Realização dos registos de Enfermagem, nos respectivos impressos (não esquecendo os livros/diários/guias que acompanham os utentes) e, marcação da próxima consulta (estabelecendo metas para o trimestre).
§ Avaliação da Tensão Arterial e comparação com valores apresentados nas anteriores consultas.
§ Avaliação do cumprimento do tratamento médico instituído e dos ensinos anteriormente efectuados pela parte de Enfermagem.
§ Reforço dos ensinos sempre que necessário, alertando o utente para as vantagens da adopção de hábitos saudáveis e das complicações que podem surgir caso opte por não os integrar no dia-a-dia.
§ Avaliação da glicémia capilar, peso, perímetro abdominal e anca (sendo estes dois últimos apenas avaliados na primeira consulta de cada ano).
§ Observação cuidadosa dos pés, realização da pesquisa da sensibilidade táctil e dolorosa e, palpação dos pulsos piedosos, fazendo assim o despiste de lesões inerentes à patologia.
§ Avaliação dos cuidados que o utente tem no dia-a-dia relativamente à vigilância da glicémia capilar, a administração da insulina ou dos anti-diabéticos orais, à sua alimentação, ao exercício físico (a marcha) e com os pés
§ Reforço dos ensinos sempre que necessário, alertando o utente para as vantagens da adopção de hábitos saudáveis e das complicações que podem surgir caso opte por não os integrar no dia-a-dia.
§ Acolhimento do utente/acompanhantes, estabelecendo uma relação que permita um clima de confiança, dissipando os possíveis medos/receios relativos ao acto da vacinação.
§ Confirmação antes de administrar a vacina da actual situação vacinal do utente, através da leitura do Boletim Individual de Saúde, folhas de registo de vacinação e registo informático.
§ Verificação da validade da vacina a ser administrada e da manutenção das suas qualidades (aquando da diluição das ampolas, por exemplo).
§ Administração das vacinas de acordo com o Plano Nacional de Vacinação.
§ Informação ao utente/acompanhante das possíveis reacções após a administração da vacina, educando acerca dos cuidados que podem/devem ser prestados no domicílio.
§ Informação ao utente/acompanhante da data da próxima vacina.
§ Realização dos respectivos registos (data, lote e laboratório) no Boletim Individual de Saúde, na folha de registos e no programa informático “Sinus”.
§ Avaliação das condições de armazenamento das vacinas, dando continuidade aos registos diários da temperatura do frigorifico onde estão guardadas as vacinas.
Os cuidados de Enfermagem a este nível permitem assegurar a promoção de uma melhor qualidade de vida ao utente/família/comunidade. Estes cuidados resumem-se essencialmente na execução de duas técnicas que são a administração de medicação injectável e a realização de pensos. Aquando da prestação destes cuidados, existem passos comuns, estes correspondem ao/à:
§ Acolhimento do utente com simpatia, obtendo informações acerca da sua situação actual.
§ Realizar acções de educação para a saúde de acordo com a situação do utente.
§ Marcação da próxima vinda à Unidade de Saúde e realizar o registo informático da consulta.
§ Verificação das guias de tratamento, relativamente à prescrição médica.
§ Consulta de registos de Enfermagem no verso da guia de tratamento.
§ Administração de injectáveis com técnica correcta, tendo em consideração a via de administração, as contra-indicações e efeitos secundários do produto e, registo da mesma no verso da guia de tratamento.
§ Realização de pensos, com técnica asséptica correcta, de acordo com as características da ferida e a sua evolução.
§ Solicitação de ajuda à Enfermeira Manuela Branco sempre que surja alguma dúvida relativamente ao tratamento a ser instituído.
§ Realização de ensinos aos utentes relativamente aos cuidados a ter com a zona lesada e com o penso, de forma a evitar complicações.
§ Realização de registos de forma clara, relativamente aos cuidados prestados, materiais usados e evolução da ferida. Pretendo ainda sensibilizar as colegas para o preenchimento adequado dos planos de cuidado, respeitando o processo de Enfermagem.
§ Obtenção de informação com as Enfermeiras Manuela Branco e Diamantina Lourenço, acerca da dinâmica das visitas domiciliárias.
§ Planeamento das visitas em colaboração com as Enfermeiras e a colega de estagio.
§ Preparação de todo o material necessário, tendo o cuidado de colocar algumas “reservas” para o caso de haver imprevistos.
§ Estabelecimento de uma relação empática com o utente/família.
§ Observação do contexto familiar e social do indivíduo.
§ Identificação dos problemas/necessidades do utente/família.
§ Prestação de cuidados de Enfermagem de acordo com as necessidades identificadas.
§ Incentivo aos utentes para o uso do sistema da separação dos resíduos contaminados, segundo as recomendações dos profissionais da Unidade de Saúde.
§ Arrumação dos instrumentos dos kits de pensos no devido local (num recipiente com desinfectante)
§ Realização dos registos na folha de plano de cuidados (fazendo sua actualização) e, proceder à informatização da visita.
§ Realização de visitas domiciliárias de carácter misto (assistencial e educacional), realizando ensinos para a promoção de estilos de vida saudáveis ao indivíduo/família.
§ Reflexão profunda acerca das circunstâncias em que se encontram os nossos utentes, especialmente os mais idosos (muitas das vezes abandonados pelos familiares) e acerca das suas consequências na saúde mental e física dos mesmos.
- 7 -
Participar na informatização dos registos relativos à vacinação, no programa Sinus
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- 8 -
Conhecer e participar nos projectos em curso no Centro de Saúde da Figueira da Foz e mais especificamente na Unidade de Quiaios
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§ Conhecimento dos objectivos gerais e específicos do projecto, bem como a forma como devem ser aplicadas as escalas da Avaliação de Quedas, da Mini Dependance Assessment e de Norton.
§ Selecção dos utentes a incluir no projecto, dando prioridade aos idosos com idade superior ou igual a 85 anos.
§ Aplicação e caracterização da dependência dos utentes segundo a escala da Mini Dependance Assessment.
§ Avaliação do risco de aparecimento de úlceras de pressão através da aplicação da escala de Norton e, de quedas com a Avaliação das Quedas.
§ Elaboração de um plano de cuidados de acordo com o grau de dependência dos utentes, sempre que seja necessário.
Devo referir que para a concretização deste projecto deverão ser realizadas visitas domiciliárias de carácter investigadoras. Pela impossibilidade de termos realizado até o momento este tipo de visitas, tenho aproveitado o momento das diferentes consultas na Unidade para entrevistar esses idosos.
- 9 –
Entender a articulação da Unidade de Saúde com outros serviços da comunidade.
Com este objectivo, pretendo entender quais as instituições que articulam directamente ou indirectamente, com a Unidade de Saúde de Quiaios e, de que forma o fazem. Este objectivo será concretizado através de entrevistas aos profissionais de saúde, da leitura de diversos documentos e da visita a estas mesmas instituições.
- 10 -
Participar na consulta de recursos urgentes no Centro de Saúde da Figueira da Foz - Buarcos, juntamente com a Enfermeira Diamantina.
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- 11 -
Conceber material informativo sobre temas pertinentes, de forma a divulgar determinadas informações cruciais à saúde do indivíduo/família/comunidade e, a completar as acções de educação realizadas aquando das consultas.
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Dando conta deste tipo de situações, a Cláudia e eu decidimos criar uma lista que contenha temas pertinentes para a criação de material informativo. E, em colaboração com as Enfermeiras Manuela Branco e Diamantina Lourenço, foram seleccionados os temas que deverão ser objectos de estudo, para a elaboração de cartazes e panfletos informativos, são eles:
§ a higiene oral para as crianças da Escola Primária,
§ o desenvolvimento psicomotor da criança,
§ a prevenção de acidentes rodoviários e o transporte adequado da criança,
§ a importância da vacinação contra o tétano,
§ a prevenção do cancro da mama e do útero,
§ os sinais de alerta da Diabetes,
§ os alimentos bons e maus para quem tem hipercolesterolémia,
§ como prevenir as úlceras de pressão,
§ como cuidar dos pensos (realizados em ambulatório).
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- 12 -
Realização de outros trabalhos escritos.
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![clip_image009[27] clip_image009[27]]($clip_image00927_thumb.gif)
- 13 -
Realizar sessões de educação para a saúde no âmbito da saúde escolar e noutras áreas, com temas pertinentes e de acordo com os problemas detectados na população.
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- 14 -
Realização de um pequeno trabalho de investigação no ambito da Saúde da Mulher.
No meu estágio anterior (no Centro Regional de Oncologia de Coimbra), fiquei extremamente desiludida por me ter apercebido que a maioria das nossas doentes que vinham realizar mastectomia, nunca realizaram em casa o auto-exame da mama por simplesmente desconhecerem esta técnica. Face a esta situação, tive ainda a curiosidade de realizar um pequeno trabalho de investigação junto dos Enfermeiros, de forma a descobrir se faziam ou não a auto-palpação das mamas. Os resultados revelaram que apenas 20% o faziam “de vez em quando”.
Neste estágio, por ainda não existir a Consulta de Planeamento Familiar, pretendo aproveitar o momento da entrega dos métodos contraceptivos, para questionar os utentes acerca da execução deste exame. Esta última semana tive a oportunidade de estar com 3 utentes do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 25 e 30 anos, que referiram nunca terem feito o auto-exame da mama nem o teste de Papanicolau. Deste modo, pretendo explicar como e quando realizar o auto-exame da mama, incentivando-a para o realizar, referindo a sua importância. Aproveitarei ainda este momento para explicar no que consiste a citologia, fornecendo os respectivos folhetos informativos para uma melhor interiorização dos conceitos ensinados.
A experiência que tive com as 3 utentes acima referidas, veio demonstrar que estas senhoras se encontravam extremamente sensibilizadas e interessadas em escutar-nos e em aprender o que estava a ser dito. Desta forma, contribuirei também um pouco, no rastreio do cancro da mama e do útero.
- 15 -
Desenvolver técnicas relacionais tendo em conta a individualidade de cada utente/família/comunidade.
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Aplicar / desenvolver e solidificar os conhecimentos teóricos adquiridos, aplicando-os na prática.
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Garantir a minha segurança, a dos outros profissionais da equipa, a dos doentes e de outras pessoas que me envolvem, dentro e fora da Unidade de Saúde
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Integrar na intervenção de Enfermagem, princípios de administração e de gestão.
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- 19 -
Demonstrar respeito e reflexão acerca dos princípios éticos e deontológicos que regem a nossa profissão.
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Divulgar o nosso trabalho desenvolvido no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários
Este objectivo anda não foi validado junto da Enfermeira Manuela Branco pois, surgiu-me a poucos dias ao ter-me apercebido (através de uma conversa banal com utentes da Unidade de Saúde) que, muitas pessoas desconhecem as áreas de actuação da Enfermagem Comunitária. Acreditam que os “Enfermeiros do Posto Médico” (como nos chamam tantas vezes!) limitam-se a fazer pensos e a dar injecções na Unidade de Saúde e nos domicílios. Assim, penso que seria muito “lucrativo” para a nossa própria profissão, se colocássemos fotografias legendadas que retratassem todo o trabalho que se desenvolve nesta área (tão vasta!), na sala de espera da Unidade. Fica a sugestão para ser analisada com mais rigor…
- 21 –
Avaliar as actividades programadas no decorrer do Ensino Clínico.
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4. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
5. COMENTÁRIO FINAL
Os Ensinos clínicos são incorporados na formação de base em Enfermagem e têm uma grande importância visto que, é na prática que o projecto de todo o trabalho realizado ao longo dos anos se torna realidade.
O projecto de estágio reveste-se de especial importância na medida em que nele apresento, sistematicamente, as actividades que irei desenvolver, durante este campo de estágio, para que consiga atingir os objectivos previstos pela escola, e também, os objectivos que possuo particularmente
Este segundo estágio nos Cuidados de Saúde Primários constitui a segunda e última oportunidade, para aplicar os meus conhecimentos nesta área (a nível técnico, científico e relacional), adquiridos nos Ensinos Clínicos anteriores e das aulas na Escola, adoptando o modelo do Saber, o Saber Fazer e o Saber Ser. É especialmente marcante visto que, representa o meu primeiro contacto com a população da Figueira da Foz (mais especialmente de Quiaios), uma população com características bastante diferentes à da região onde habito.
Este estágio representa assim uma nova oportunidade de aprendizagem. Pretendo dar continuidade ao trabalho que desenvolvi nos anos anteriores para crescer muito mais pessoal e profissionalmente, e operacionalizar uma melhoria das minhas competências. Apesar de acreditar de que a área de Enfermagem Comunitária é extremamente enriquecedora em todas as suas vertentes, devo referir que pretendo dar ênfase a duas actividades que são a visitação domiciliária e a realização de sessões de educação para saúde. Esta opção deve-se essencialmente ao facto de se tratarem de actividades exclusivas desta área mas também, por ter feito voluntariado na primeira área citada (através do Centro de Saúde da minha terra) e, ter sentido um grande abandono dos nossos idosos por parte dos familiares.
Neste 4º ano, coloquei a “fasquia” um pouco mais alto e irei por isso, “treinar” sempre para desenvolver cada vez mais habilidade no “salto”. Isto, porque acredito plenamente de que as minhas competências cognitivas, técnicas e relacionais podem desenvolver-se muito mais com a continuidade do meu esforço, empenho e dedicação. Espero assim atingir os objectivos propostos, dando sempre o meu melhor nas minhas acções junto dos meus utentes/famílias/comunidade e, honrar desta forma, a nossa Escola e a nossa Profissão!
6. BIBLIOGRAFIA
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