Toxicodependência


Droga- Vício Recente?

Existe uma diversidade de drogas (que causam dependência, tais como o álcool que é a droga major em Portugal), medicamentos (psicofármacos), heroína, haxixe, benzodiozépinos, cafeína, tabaco.
Indirectamente- televisão, net, jogos de computador ð mecanismos que causam dependência (modificam a atitude do indivíduo).

Heroína- descoberta em 1897, apresentada como anestésico potente sem as propriedades aditivas da morfina.
Morfina- descoberta em 1815
Cocaína- isolada em 1850, era anestésico local. Importante para as pessoas com problemas respiratórios em sítios altos.
LSD- sintetizado em 1943 para as cefaleias (ácido ligérgico).
Ecstasy- sintetizado em 1912 como anorrxigeo (tirar o apetite e dar speed ð “anfetamine-light”. Desencadeador provável de quadros psicóticos. Psicóticos graves ou muito graves, tais como as anfetaminas.
Ópio

Álcool
Cannabis- pode também causar quadros psicóticos. O consumo prolongado provoca claramente uma dependência psicológica, também é gerador de um síndroma de desmotivação intensa. Cannabiloides não é igual a substância inócua. Geralmente os consumidores de drogas duras passaram numa fase inicial pelo cannabiloides.
Tipos de Drogas “Leves”
Ï Cannabis ou Cânhamo
Ï Erva ou Marijuana (folhas, sementes)
Ï Haxixe ou chamon (pasta de resina, cor de chocolate)
Outras Drogas
Ï Alucinogéneos (LSD, mescalina)
Ï Ecstasy (anfetaminas+alucinogéneos)
Ï Solventes, tintas, colas
Ï Antiparkinsónicos (correcção de alguns efeitos de neurolépticos)
Ï Álcool
Tipos de Drogas “Down” (sonolência, cansaço)
Ï Opiáceos- heroína (é muito frequente o consumo simultâneo) e metadona (só faz sentido em grávidas toxicodependentes ou em toxicodependentes terminais; é um tratamento, não uma substituição)
Ï Medicamentos opiáceos (morfina)
Ï Tranquilizantes e hipnóticos (drogas silenciosas)- benzodiazepinas, barbitúricos, metacualona
Ï Heroína- branca (mais pura, mais alterações a nível físico do que mental. Efeito calmante)- fumada (chinesa, Brown sugar, que é menos puro) e injectada (caldo ou chuto)
Nomes de gíria: Doses
Cavalo Panfleto- 1/8 de gr.
Brown Quarteiras- ¼ de gr.
Pó Mesas- ½ de gr.
Heroa
Poeira
Tipos de Drogas “Up” (euforicantes)
ÏCocaína - dependência psicológica e não física
Ï Crack (derivado mais barato da coca)
Ï Anfetaminas
Ï Ansetaminas – “Like” (anorexigéneos)
cocaína + heroína – “speed ball”
Droga é...à Tudo aquilo que é engolido, fumado, inalado ou injectado e provoca alterações psíquicas sentidas como agradáveis, mas susceptíveis de causar dependência física ou psíquica.
Drogado é... à Dependência à Imaturidade à Alguém que precisa “crescer”
Ninguém se começa a drogar para ficar dependente:
î Há sempre a convicção de conseguir controlar os consumos (omnipotência)
î “Quando quiser parar paro”
î Há uma fase de “lua-de-mel”, em que tudo é bom
î A passagem dos cannabinóides para os opiáceos é muitas vezes condicionada pelo “mercado”
î Não é só nas famílias com problemas que surge a toxicodependência, embora possa ser aí que ela se torna mais destruidora.
Suspeitar da possibilidade da toxicodependência se:
î Houver baixa marcada do rendimento escolar
înuma idade de risco (11-20 anos)
îacompanhado com novos amigos
î histórias “mal contadas”
î desaparecimento de dinheiro ou objectos ou gostos inexplicados
î irritabilidade
î insónia
î fuga ao diálogo
î faltas às aulas
îo confundir com a evolução natural da adolescência
Porque é difícil deixar a droga?????
– A droga não tem só coisas más (dá prazer inicial)
– O mundo do toxicodependente é a droga
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Ocorre uma invasão progressiva da doença no contexto do indivíduo.
Existe um aspecto muito importante na avaliação da situação de um toxicodependente: “O que o levou a consumir droga?
Que fazer perante alguém que se droga?
Ter em conta que:
ó Largar a droga é um processo difícil para o doente;
ó Por vezes é um processo longo;
ó Há drogas leves e duras;
ó Tipo de consumo (frequência, em grupo, via de administração, ...)
ó Sintomas da ressaca;
ó Toxicodependência é doença, não hábito;
ó não culpabilizar nem desculpabilizar completamente;
ó motivar para o tratamento;
ó Parar imediatamente pode não ser o mais importante;
ó Falar sobre o problema (não odiar);
ó Ser empático # ser simpático;
ó O fim dos consumos será mais consciente se a pessoa sentir que deve/tem que parar (tratamento obrigatório/voluntário)
ó A “cura!” é um processo com avanços e recuos (não desesperar com as recaídas);
ó a dependência física é a mais fácil de ultrapassar (medicamentos);
ó Valorizar os avanços (mesmo os mais pequenos);
ó Não alinhar na dicotomia drogas piores/drogas melhores
ó o único objectivo deve ser a abstinência total de qualquer droga
ó entender o tratamento como um processo global biológico, psicológico e social, em que a família deve ser integrada (o toxicodependente é, por vezes, a expressão da “patologia familiar”, o “fraco”).
óprocurar desde o início o apoio técnico especializado;
ó procurar grupos de Auto-ajuda (para o doente e família)
Processo de Cura
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Processo de Autonomização
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Processo de Independência
Em toxicodependência existem 2 tipos de situações de urgência:
¯ Privação (“ressaca”)- é uma situação relativamente pacífica. No caso do álcool, a privação pode causar morte devido a desequilíbrios hidroelectrólitos, o mesmo não se passa com as outras drogas.
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FSedar o doente (Diazepam + Levonepromazina ou halopenidor IM)
FAnalgésico se necessário (clorixina ou outros)
FPeríodo privilegiado para motivar o abandono da droga
FFases mais difíceis da privação: 3º, 4º e 5º dias (excepto para utilizadores de grandes drogas)
FLevar ao C.A.T.
O mecanismo que leva à vontade de consumir existe sempre ao longo da vida. Nos ex-toxicodependentes, está “adormecido” e pode voltar mesmo em situações mínimas de desequilíbrio.
¯ Overdose- Normalmente não é por excesso de droga, é porque por vezes deixam de consumir durante algum tempo e quando voltam fazem as doses antigas, entrando o organismo em overdose
F Urgência médica- respiração muito deprimida e estado comatoso
F manter vias aéras desobstruídas
F Antagonista dos opiáceos:
- Naloxane (0,4 mg até 4 a 5 vezes em 45 min)(semi vida curta)
- Nalorfine (semi vida média)
- Naltrexone (semi vida longa). Muito usado. Basta 10 vezes por dia. Quando não consome não acontece nada, quando consome não sente nenhum efeito da heroína.
Alguns Conceitos:
æ Padrão de Uso Patológico- padrão de uso que é feito com intenção de produzir efeitos não desejáveis. Ex: uso de benzodiazepinas como droga. Uso de álcool (+ de 1 copo de vinho por dia e começa a ser tóxico)
æ Tolerância e tolerância cruzada- quando a pessoa desenvolve a capacidade de uma dose reduzida não fazer efeito. Ex: um consumidor de heroína que necessite de analgésico, se este for opiáceo não faz efeito.
Por vezes acontece que as pessoas bebem uma quantidade razoável de álcool diariamente, por algum tipo de razão. Ex: profissional (executivos, vendedores não se embriagam mas são dependentes).
Quem estiver a tomar Naltrexona tem que ter no BI ou noutro uma referência de que está a tomar, pois pode acontecer um acidente e necessitar de anestesia e esta não faz efeito, podendo ocorrer uma overdose.
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Heroína
Cannabinóides :
- Despersonalização- a pessoa não sente bem o corpo, como se estivesse fora do corpo a observar
- Síndromes “Psicotic-Like”- alucinações, ideias delirantes, ver coisas, ouvir coisas, por vezes sentimentos de omnipotência
Outras dependências:
- Psicofármacos (benzodiazepinas)
- Anorexigéneos
Alcoólicos
 Síndrome de Prevenção Alcoólica- algo que surge pela privação do álcool. Tem riscos pela desidratação que provoca e desequilíbrio hidroelectrolítico. A situação mais crítica surge quando pára de beber, ao fim de 2 ou 3 dias. Surgem tremores, sudação, convulsões, alucinações, efeitos ao nível cardíaco (Delirium Tremens)
 Zoópsia- alucinações em que animais pequenos ganham dimensões exageradas. Ex: aranhas enormes, moscas grandes, etc.
 Intoxicação aguda- espécie de overdose de álcool. Estado comoso e/ou depressão respiratória relativamente frequente. Pode também existir embriaguez patológica devido à sensibilização exarcebada ao álcool.
Podem estar a tomar Disulfiram/Tetradium (substâncias aversivas ao álcool) e, ao beberem um pouco de álcool, têm quadro de intoxicação aguda.