Plano de Cuidados - AVC hemorrágico

 
 
 
Nome:  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx                                                                                 Idade: 51 anos                              
Data de admissão: 4/10/2006                                        Cama:  21
Diagnóstico: AVC hemorrágico
 
INÍCIO
TERMO
Data
 
Data
24/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Equilíbrio corporal deficiente
 
 
INTERVENÇÕES
§ Incentivar precocemente o autocuidado
§ Controlar postura em decúbito, sentada e posição ortostática através de:
s Exercícios activos assistidos de fortalecimento dos músculos respiratórios
s Manutenção da amplitude de movimento articular
s Reforço da habilidadde remanescentes
§ Executar exercícios activos assistidos e resistidos de fortalecimento da musculatura abdominal na posição de sentado.
§ Executar treino de postura na posição de sentado.
§ Executar exercícios para aquisição de mobilidade da coluna.
 
24/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Risco de hipotensão ortostática
 
 
INTERVENÇÕES
§  Supervisionar a pele
    Monitorizar cor, textura e temperatura da pele
    Analisar as alterações observadas
§  Monitorizar sinais vitais
     Avaliar tensão arterial, pulso, respiração e temperatura corporal em intervalos regulares.
     Analisar características dos parâmetros vitais e sua evolução
§  Levantar progressivamente a doente evitando hipoperfusão cerebral
    Aplicar meias e ligaduras elásticas
    Executar levante progressivo avaliando:
s Estado de consciência
s Equilíbrio na posição de sentado
 
24/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Mobilidade comprometida em grau moderado
 
 
INTERVENÇÕES
§  Rever a capacidade funcional e o porquê do comprometimento.
§  Avaliar o grau de imobilidade através da utilização de uma escala.
§  Adoptar posturas ergonómicas.
 
INÍCIO

 

TERMO
Data
 
Data
 
§  Evitar estadias prolongadas no leito.
§  Posicionar o doente nos diferentes decúbitos (privilegiar os posicionamentos que inibem a espasticidade.
§  Promover o equilíbrio na posição de sentado.
§  Advogar o levante para a cadeira de rodas.
§  Executar levantes regulares para a cadeira de rodas, por períodos progressivos.
§  Promover uma correcta postura na cadeira de rodas.
§  Aplicar dispositivos auxiliares disponíveis (resguardo, almofadas, etc.).
§  Incentivar ao autocuidado: posicionar-se.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Conhecimento não demonstrado pela família sobre técnica de posicionamento e dispositivos adaptativos.
 
 
INTERVENÇÕES
§  Advogar a aquisição de equipamento adaptativo.
§  Informar sobre equipamento adaptativo.
§  Providenciar equipamento adaptativo.
§  Ensinar a técnica de posicionamento.
§  Instruir / treinar o prestador a assistir no posicionar-se.
§  Instruir o prestador no uso de dispositivos adaptativos.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Dependente em grau elevado no autocuidado: ir ao sanitário
 
 
INTERVENÇÕES
§  Incentivar para o autocuidado.
§  Asisistir no autocuidado.
§  Optimizar o dispositivo sanitário.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Conhecimento não demonstrado pela família sobre estratégias e equipamento adaptativo para o uso sanitário.
 
 
INTERVENÇÕES
§  Advogar o uso de equipamento adaptativo
§  Informar sobre equipamento adaptativo
§  Ensinar / instruir / treinar o prestador de cuidados sobre:
     Equipamento adaptativo
     Estratégias adaptativas
     Assistência no uso sanitário.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Dependente em grau reduzido no autocuidado: comer / beber
 
 
INÍCIO
 
TERMO
Data
 
Data
 
INTERVENÇÕES
§  Assegurar que a dieta é indicada
§  Adoptar cuidados posturais.
§  Posicionar o doente adequadamente no leito (Posição fowller alta) ou na cadeira de rodas.
§  Usar equipamento adaptativo.
§  Assistir no autocuidado.
§  Supervisionar a doente no autocuidado.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Incontinência fecal
 
 
INTERVENÇÕES
§  Determinar a etiologia da incontinência
§  Avaliar padrão intestinal: frequência e características das fezes.
§  Gerir a ingestão hídrica
§  Encorajar a diminuição dos alimentos promotores de flatulência.
§  Gerir a dieta (rica em fibra).
§  Vigiar efeitos secundários da medicação.
§  Auscultar peristaltismo intestinal.
§  Optimizar o reflexo gastro-cólico.
§  Evitar a impactação fecal.
§  Administrar supositório de glicerina, emolientes, expansores de volume e/ou laxantes com moderação (quando prescrito).
§  Executar massagem abdominal.
§  Executar estimulação digital da ampola rectal.
§  Executar extracção manual das fezes quando indicado.
§  Aplicar material absorvente e pomadas regeneradoras da pele.
§  Iniciar programa de treino intestinal.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Conhecimento não demonstrado pelo cuidador sobre técnicas de treino intestinal
 
 
INTERVENÇÕES
§  Ensinar regime alimentar adequado (diverso e rico em fibras)
§  Ensinar técnica de reino intestinal.
§  Orientar família no registo das características, frequência e quantidade das dejecções.
§  Instruir / treinar sobre posicionamento no leito (dec. Lateral dtº. com coxas flectidas a 110º).
§  Ensinar ao doente / família a técnica de estimulação digital da ampola rectal.
§  Ensinar à família, a técnica de administração de lubrificantes e laxantes rectais.
 
 
INÍCIO
 
TERMO
Data
 
Data
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Eliminação vesical não adequada
 
 
INTERVENÇÕES
§  Identificar o motivo do uso da sonda vesical permanente.
§  Gerir a utilização da sonda vesical.
§  Assegurar a substituição quando indicado (10/10 horas).
§  Analisar o débito e características da urina.
§  Evitar a permanência do doente por períodos prolongados no leito.
§  Advogar o levante para a  cadeira de rodas.
§  Negociar retorno à técnica de cateterização intermitente se o problema se mantiver.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Espasticidade em grau moderado de predomínio cruro-braquial à direita.
 
 
INTERVENÇÕES
§  Elaborar um programa de reabilitação
§  Determinar com goniómetro as amplitudes de movimento (ADM) existentes e posteriores ganhos.
§  Adoptar postura ergonómica.
§  Reduzir os factores de espasticidade (dor, frio, infecção aumento da temperatura).
§  Executar exercícios de alongamento no início e no final do programa.
§  Executar exercícios de ADM passivos de baixa intensidade e maior duração, do sentido proximal distal.
§  Avaliar e controlar a dor provocada pela mobilização.
§  Combater a heminegligência.
§  Advogar o levante para a cadeira de rodas.
§  Executar levantes regulares para a cadeira de rodas, por períodos progressivos.
§  Vestir a doente com roupas largas e confortáveis.
§  Oferecer reforço positivo quando existem progressos.
§  Envolver o cuidador na execução e continuidade do programa.
 
27/10/04
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Autocuidado: higiene 
Dependente em grau elevado
 
 
INTERVENÇÕES
§ Avaliar a capacidade do doente para o autocuidado.
§ Observar condições da pele.
§ Providenciar a privacidade, instalações e equipamento compensatório.
§ Preparar o material para o banho e colocá-lo junto do doente.
§ Proporcionar boa higiene oral e dos tegumentos.
§ Promover o conforto e o bem-estar.
§ Dar banho no leito / WC.
 
 
INÍCIO
 
TERMO
Data
 
Data
 
§ Activar a circulação através da utilização de creme hidratante.
§ Assistir no autocuidado.
§ Manipular o sistema de drenagem respeitando as normas de assepsia e protecção contra traumatismos, devendo usar sacos colectores em sistema fechado.
§ Monitorizar a tolerância do doente durante o autocuidado.
§ Prevenir quedas.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Conhecimento não demonstrado pela família sobre técnica do banho e equipamento adaptativo para higiene.
 
 
INTERVENÇÕES
§ Ensinar, instruir e treinar o cuidar sobre:
    Posições ergonómicas.
    Técnica do banho no leito / WC.
    Técnica de higiene oral e dos tegumentos.
§ Advogar o uso de leito com regulação em altura.
§ Instruir o cuidador a zelar pela privacidade do doente.
§ Ensinar noções básicas de higiene ambiental e controlo de infecções.
§ Advogar o uso de equipamento adaptativo.
§ Informar sobre equipamento adaptativo.
§ Instruir / treinar o indivíduo sobre o uso de equipamento e estratégias adaptativas.
 
25/10/04
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Autocuidado: vestir-se / despir-se
Dependente em grau elevado
 
 
INTERVENÇÕES
§ Avaliar a capacidade do doente para o autocuidado.
§ Promover a privacidade do doente.
§ Proporcionar ambiente adequado.
§ Requerer roupas largas e confortáveis.
§ Assistir o doente no auto-cuidado vestir / despir com ajuda total.
§ Incentivar ao autocuidado.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Conhecimento não demonstrado pela família sobre ajudas técnicas e equipamento adaptativo para o autocuidado: vestuário
 
 
INTERVENÇÕES
§ Advogar o uso de equipamento adaptativo.
§ Informar sobre equipamento adaptativo.
§ Ensinar sobre equipamento e estratégias adaptativas.
§ Instruir sobre equipamento e estratégias adaptativas.
§ Treinar o cuidador no uso de equipamento e estratégias adaptativas.
 
 
INÍCIO
 
TERMO
Data
 
Data
25/10/04
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Dependente em grau elevado no autocuidado: Transferir-se
 
 
INTERVENÇÕES
§ Executar treino de equilíbrio na posição de sentado:
   Doente sentado com as mãos no peito.
   Empurrar suavemente para trás, frente e lado.
§ Incentivar a pessoa a transferir-se
§ Executar técnica de transferência (cadeira de rodas, sanita, cama).
§ Assistir a pessoa na transferência.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Conhecimento não demonstrado pela família sobre equipamento adaptativo e técnica de transferências.
 
 
INTERVENÇÕES
§ Advogar o uso de equipamento adaptativo.
§ Informar sobre equipamento adaptativo.
§ Ensinar / instruir / treinar o prestador de cuidado sobre:
    Técnica de transferência (elevação manual).
     Assistência na transferência.
     Uso de equipamento adaptativo.
     Uso de posturas ergonómicas.
 
27/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Comunicação comprometida em grau moderado / Disartria
 
 
INTERVENÇÕES
§ Avaliar o uso espontâneo das palavras, da gramática e da fluência da fala assim como o tipo / grau de disfunção.
§ Prestar atenção aos erros de comunicação e fornecer retroalimentação.
§ Instituir técnicas de comunicação:
     Dar instruções simples e uma de cada vez.
     Usar palavras simples e frases curtas.
     Utilizar palavras com sentido óbvio.
     Não baixar a voz no final das frases.
§ Dar ênfase às palavras mais importantes.
§ Usar quadro de desenho quando adequado.
§ Usar caneta e papel.
§ Permanecer em frente ao doente a conversar.
§ Optimizar a compreensão das reacções do doente recorrendo ao cuidador.
 
30/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Baixa auto-estima no doente
 
 
INÍCIO
 
TERMO
Data
 
Data
 
INTERVENÇÕES
§ Reconhecer a dificuldade na determinação do grau de incapacidade funcional e/ou possibilidade de comprometimento funcional.
§ Incentivar a expressão dos sentimentos (sobre diagnóstico, percepção da ameaça sobre si).
§ Restaurar confiança nas suas próprias capacidades.
§ Evitar constrangimentos sociais.
§ Informar acerca do prognóstico do tratamento.
§ Envolver a família e rede de apoio na contribuição de uma auto-estima elevada.
§ Planear objectivos realistas.
§ Instruir estratégias motivacionais, com a determinação do tempo ou a contagem até que se complete uma actividade.
 
30/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Síndrome de Burnout na família
 
 
INTERVENÇÕES
§ Monitorizar indicadores de stress.
§ Encorajar o cuidador a manifestar as suas emoções.
§ Determinar o grau de aceitação do papel pelo cuidador..
§ Determinar o grau de dependência do doente relativamente ao cuidador.
§ Identificar o nível de envolvimento dos restantes elementos da família no cuidado ao doente.
§ Identificar e discutir redes de apoio existentes.
§ Providenciar a completa libertação do cuidador das suas tarefas por períodos regulares através de uma boa articulação com a rede de apoio existente.
§ Promover a socialização do cuidador.
§ Encorajar a relação com pessoas que vivam em situações semelhantes.
§ Envolver família, vizinhos, amigos e pessoas significativas no apoio ao doente.
 
30/10/06
FENÓMENOS / DIAGNÓSTICOS
Processos familiares alterados
 
 
INTERVENÇÕES
§ Identificar as relações típicas da família e mecanismos de coping.
§ Respeitar a privacidade de cada elemento e família.
§ Encorajar expressões de afecto.
§ Promover a comunicação entre os elementos da família.
§ Escuta activa dos membros da família.
§ Estabelecer uma relação de confiança com os membros da família.
§ Manter a família informada sobre a situação da doente.
§ Participar na resolução de problemas.
§ Auxiliar na gestão de conflitos.
§ Envolver a família nos cuidados à doente.
§ Adaptar o cuidado à doente à rotina familiar.
§ Treinar com os familiares habilidades de gestão e organização do tempo.