Bactérias
São microrganismos unicelulares que se encontram no ar, água, solo e seres vivos. Protegem-nos contra a invasão das bactérias patogénicas responsáveis pela maioria das doenças infecciosas.
Tuberculose
o Doença infecciosa bacteriana (bacilo de Kock)
o Responsável por epidemias ou pandemias
o Lesões ao nível dos pulmões, intestinos ou outros órgãos
Contágio
o Directo (tosse, espirros)
o Indirecto (poeiras, objectos contaminados)
Sintomas
o Período de incubação 4 a 6 sem.
o Assintomática durante meses ou anos
o Febre pouco elevada (38º C)
o Emagrecimento, fraqueza, falta de apetite
o Tosse com expectoração com sangue
o Suores nocturnos
Tratamento
o A cura dá imunidade
o Repouso físico e mental
o Higiene pessoal
o Alimentação equilibrada
o Medicação específica (antibióticos)
Prevenção
o Vacina BCG (recém-nascido)
Pneumonia
o Doença bacteriana (chlamydia pneumoniae entre outras)
o Inflamação do pulmão (alvéolos)
o Atinge indivíduos com imunidade baixa
Contágio
o Aspiração do ar
o Secreções contaminadas, gotículas de saliva
o Transfusão de sangue
Sintomas
o Febre elevada (40º C)
o Dores reumáticas, torácicas, ouvidos, garganta
o Tosse com expectoração
o Respiração ofegante
o calafrios
Tratamento
o Medicação específica (antibióticos)
Prevenção
o Vacina (não consta do PNV)
o Isolamento do doente
Tétano
o Infecção aguda que afecta o sistema nervoso
o Bactéria (clostridium tetani)
o Lesões na pele (arranhões, picadelas cortes, queimaduras)
Contágio
o Não é contagiosa
Sintomas
o Período de incubação 4 a 25 dias
o Espasmos musculares (pescoço, costas, peito)
Tratamento
o Repouso físico e mental
o Medicação específica (antibióticos, sedativos e relaxantes musculares)
o Limpeza dos ferimentos
o Soro anti-tetânico
Prevenção
o Vacina tríplice (tétano, difteria e tosse convulsa): aos 2m, 4m, 6m, dos 18-24m, 5-6 anos, 11-13 anos e 10 em 10 anos
DISENTERIA
Forma de intoxicação alimentar com infecção do tracto intestinal.
· Causas – Bactérias do género Shigella, altamente invasivas que impedem a síntese proteica e matam células humanas;
· Sintomas – diarreia grave com sangue, pús e muco (devido à perda da capacidade de absorção de água, febre, dores intestinais, dor ao evacuar as fezes;
· Transmissão – alimentos, água contaminada por fezes infectadas;
· Diagnóstico – Cultura de amostras fecais com identificação microscópica e bioquímica.
· Tratamento – Exige tratamento médico (índice de mortalidade = 10%). Administração de líquido com electrólitos (ou água, sal e açúcar que evita a desidratação) e antibióticos (penincilina, quilonas e cefalos porinas).
BRONQUITE
Inflamação da mucosa que cobre as vias respiratórias mais largas, brônquios, que unem a traqueia aos pulmões.
§ Bronquite aguda – infecção vírica ou causada por bactérias (Chlamydia pneumoniae, Bordetella pertussis, Mycoplasma pneumoniae).
- Sintomas – Tosse seca (inicialmente) ou produtiva com escarro denso que pode ficar purulento (amarelado ou esverdeado), dor toráxica, desconforto junto aos ossos do peito ao tossir ou respirar, febre;
- Diagnóstico – Auscultação toráxica (murmúrios respiratórios), radiografia do tórax (opacidade dos pulmões), exame do escarro (bactérias);
- Tratamento – Antibióticos ao final de uma semana direccionados contra o Pneumococo e o Hemophilus influenzae;
- Prevenção – Cessação do fumo, lavar as mãos frequentemente;
MENINGITE
Inflamação das meninges que revestem o crânio e o canal vertebral.
· Origem – Pode estar associado a um quadro infeccioso respiratório (viral ou bacteriano), otite, amigdalite, trauma crânio-encefálico, imunodeficiência;
· Sintomas – Cefaleia intensa, febre, perda de apetite, intolerância à luz e ruídos, rigidez muscular, convulsões, vómitos em jacto, delírio e, em alguns casos, morte.
· Diagnóstico – Anamnese e exame físico completo, líquor (punção lombar), tomografia do crânio;
· Tratamento – Emergente uso de antibióticos em meningite bacteriana com algum êxito (administrados via endovenosa).
· Prevenção – O uso de máscaras e profilaxia com antibiótico previnem as pessoas em contacto com pacientes infectados.
Hanseníase (lepra)
- É uma doença contagiosa causada por um micróbio chamada basilo de Hansen
- Atinge a pele, os olhos e os nervos
- Apresenta-se sob quarto formas: indeterminada, tubercolóide, dimorfa e virchowiana
- Todas as formas de lepra necessitam de tratamento
- Após iniciada a terapia deixa de ser contagiante
- Sintomas: - aparecimento de caroços ou inchaços no rosto, orelhas, cotovelos e nervos
- entupimento constante do nariz com sangue e feridas
- ausência de sensibilidade ao calor, frio, dor e tacto
- manchas em qualquer parte do corpo
Como se apanha?
Uma pessoa infectada liberta a bactéria no ar e cria possibilidades de contágio.
É mais frequente nos casos íntimos e regulares.
Como se trata?
Medicação, regularidade nos tratamentos e cuidados especiais por parte do doente.
Como se previne?
Vacina da BCG
Sífilis
- É uma doença infecciosa crónica causada por uma bactéria chamada “Treponema pallidum”, adquirida, na maior parte das vezes, por contacto sexual
- Afecta várias partes do corpo
- Está dividida em três estádios:
- primária – surge uma pequena erupção ou úlcera, não é doloroso, cicatriza facilmente
- secundária – cauda infecção cutânea, inchaço nas glândulas, dores musculares, dor de cabeça, perda de apetite e de peso. É uma fase altamente contagiosa
- Terciária – ocorre uns anos após a infecção, ataca os órgãos internos e o cérebro e se não for tratado a tempo pode provocar a morte
Como se apanha?
Através de contacto sexual, via placentária ( sífilis congenital), por transfusão de sangue e por beijo ou outro contacto físico com lesão
Como se trata?
penicilina
Como se previne?
Uso do preservativo e consultas de rotina ginecológicas
Cólera
- Doença intestinal infecciosa causada pela toxina do vibrão colérico
- Se não for tratada rapidamente pode provocar a morte
- Inicialmente surge diarreia em grande quantidade, com ou sem vómitos, dor abdominal e cãimbras
Como se apanha?
Através da ingestão de água e/ou alimentos contaminados com fezes ou vómitos de doentes
Como se trata?
Soro e antibióticos
Como se previne?
Através de água potável, tratamento dos esgotos e destino adequado de lixo e cadáveres
Febre tifóide
A Febre Tifóide é uma doença infecto-contagiosa causada pela Salmonella typhi.Os bacilos tíficos encontram-se nas fezes e na urina das pessoas infectadas. Uma lavagem incorrecta das mãos depois de defecar ou de urinar transmitem a salmonella typhi aos elementos utilizados para comer ou beber. As moscas também podem transmitir a bactéria directamente desde as fezes até aos alimentos.
A salmonela quando ingerida, chega ao intestino delgado, a partir do qual penetra nos vasos linfáticos e, em seguida, na corrente sanguínea. As salmonelas são transportadas pelo sangue para muitos órgãos, incluindo o intestino. Os microrganismos multiplicam-se no tecido linfóide intestinal e são eliminados nas fezes.
Etiologia
Os agentes etiológicos da febre tifóide e paratifóide são, respectivamente, a Salmonella typhi e a Salmonella paratyphi A, B ou C. São bacilos Gramnegativos não-esporulados, móveis, de 2 a 5 micra de diâmetro, pertencentes à família das Enterobacteriaceae. Os bacilos são de fácil cultivo, aeróbios, caracterizando-se como os demais membros do género Salmonella.
Sintomatologia
Em geral, os sistemas começam gradualmente entre 8 e 14 dias após a infecção. Entre eles figuram febre, dor de cabeça, dor articular e de garganta, prisão de ventre, perda de apetite, dores e outras queixas adbominais. Com menos frequência, verificam-se dor durante a micção, tosse e hemorragias nasais.
Se não for iniciado o tratamento, a temperatura corporal sobe lentamente durante 2 ou 3 dias (39,5C ,40C ), começa a descer gradualmente no final da terceira semana e níveis normais na quarta semana. Esta febre costuma ser acompanhada por uma frequência cardíaca lenta e um cansaço extremo, mas nos casos graves pode verificar delírio, estupor e coma. Em cerca de 10% dos doentes aparecem grupos de pequenos pontos rosados no peito e no abdómen durante a segunda semana de doença, que duram de 2 a 5 dias. Por vezes a infecção causa sintomas semelhantes aos da pneumonia ou então apenas febre, ou somente sintomas idênticos aos de uma infecção das vias urinárias.
Coqueluche
Descrição
Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endémica e epidémica. Em lactentes pode resultar em número elevado de complicações e atéem morte. A doença evolui em três fases sucessivas: Fase catarral -Com duração de uma ou duas semanas, inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa, mal-estar geral, coriza e tosse seca), seguidos pela instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses paroxísticas. Fase paroxística - Geralmente a febril ou com febre baixa. Em alguns casos ocorrem vários picos de febre ao longo do dia.
Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endémica e epidémica. Em lactentes pode resultar em número elevado de complicações e até
Bordetella pertussis. Bacilo gram negativo aeróbio, não esporulado, imóvel e pequeno, provido de cápsula (formas patogénicas) e fímbrias e o homem é o único reservatório natural.
Contacto directo da pessoa doente com pessoa susceptível (gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar). A transmissão por objectos recém contaminados com secreções do doente é pouco frequente, visto a dificuldade do agente sobreviver fora do hospedeiro.
Complicações
Pneumonia e otite média por Bordetella pertussis, pneumonias por outras etiologias, activação de tuberculose latente, atelectasia, bronquiectasia, enfisema, pneumotórax, ruptura de diafragma; encefalopatia aguda, convulsões, coma, hemorragias intra-cerebrais, hemorragia sub-dural, estrabismo, surdez; hemorragias sub-conjuntivais, epistaxe, edema de face, úlcera do frênulo lingual, hérnias (umbilicais, inguinais e diafragmáticas), conjuntivite, desidratação e/ou desnutrição.
Tratamento
A eritromicina (de preferência o estolato) é o antimicrobiano de escolha para o tratamento da coqueluche, visto ser mais eficiente e menos tóxico. Este antibiótico é capaz de erradicar o agente do organismo em um ou dois dias quando iniciado seu uso durante o período catarral ou no início do período paroxístico, promovendo assim a diminuição do período de transmissibilidade da doença. No entanto, é necessário procurar atendimento para que o medicamento seja prescrito em doses adequadas por profissional capacitado. A imunoglobulina humana não tem valor terapêutico comprovado.
A eritromicina (de preferência o estolato) é o antimicrobiano de escolha para o tratamento da coqueluche, visto ser mais eficiente e menos tóxico. Este antibiótico é capaz de erradicar o agente do organismo em um ou dois dias quando iniciado seu uso durante o período catarral ou no início do período paroxístico, promovendo assim a diminuição do período de transmissibilidade da doença. No entanto, é necessário procurar atendimento para que o medicamento seja prescrito em doses adequadas por profissional capacitado. A imunoglobulina humana não tem valor terapêutico comprovado.
Notificação
É doença de notificação compulsória.
É doença de notificação compulsória.
Botulismo
O botulismo é uma contaminação alimentar pouco comum e potencialmente mortal, provocada pelas toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum.
Estas toxinas são o veneno mais potente que se conhece e podem danificar gravemente os nervos e os músculos. Dado que provocam lesões nervosas, são conhecidas como neurotoxinas. A classificação médica do botulismo depende de factores como a sua transmissão pelos alimentos, se foi adquirido através duma ferida ou se se trata de botulismo infantil. O botulismo transmitido pelos alimentos resulta da ingestão de carne contaminada e o provocado por feridas é consequência duma ferida infectada. O botulismo infantil, que também se deve à ingestão de alimentos contaminados, surge em lactentes.
q CAUSAS
A bactéria Clostridium botulinum forma esporos. Tal como as sementes, os esporos podem permanecer em estado latente durante muitos anos e são muito resistentes à destruição. Em condições ideais (presença de humidade e de nutrientes e ausência de oxigénio), os esporos começam a crescer e a produzir uma toxina. Algumas toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum são proteínas altamente tóxicas que resistem à destruição por parte das enzimas protectores do intestino.
Quando se ingere um alimento contaminado, as toxinas penetram no organismo através do sistema digestivo, provocando o botulismo transmitido por alimentos.
O botulismo das feridas surge quando estas são contaminadas com Clostridium botulinum. Dentro da ferida, a bactéria produz uma toxina que passa posteriormente para o sangue, produzindo os sintomas.
O botulismo infantil surge com maior frequência em lactentes de 2 a 3 meses de idade. Ao contrário do botulismo transmitido pelos alimentos, o infantil não é só provocado pela ingestão de toxinas previamente formadas. Resulta da ingestão de alimentos que contém esporos, os quais se desenvolvem posteriormente no intestino do lactente, produzindo toxinas.
q SINTOMAS
Os sintomas desenvolvem-se de forma súbita, normalmente 18 a 36 horas depois de as toxinas terem penetrado no organismo, embora os sintomas possam manifestar-se ao fim de 4 horas ou levar 8 dias a fazê-lo. Quanto mais toxina penetrar, mais depressa a pessoa se sente doente.
Os primeiros sintomas incluem normalmente boca seca, visão dupla, queda das pálpebras e incapacidade para focar os objectos próximos. As pupilas não se contraem com normalidade quando exposta à luz durante um exame ocular. Também consistem em náuseas, vómitos, cólicas abdominais e diarreia.
A pessoa infectada tem dificuldades em falar e engolir. Este problema da deglutição pode conduzir à aspiração de alimentos e posterior pneumonia por aspiração. A musculatura dos braços e das pernas e os músculos envolvidos na respiração enfraquecem de forma progressiva à medida que os sintomas vão evoluindo gradualmente, de cima para baixo. A impossibilidade de os nervos funcionarem adequadamente afecta a força muscular, embora se mantenha a sensibilidade. Apesar de ser uma doença tão grave, o estado mental normalmente não se altera.
Em cerca de dois terços dos lactentes com botulismo infantil a prisão de ventre é o primeiro sintoma. Depois são afectados os nervos, provocando paralisias musculares, que começam na cara e na cabeça e que por fim atingem os braços, as pernas e os músculos respiratórios. Os nervos dum lado do corpo podem ser mais afectados que os do outro. Os sintomas que o bebé apresenta variam desde uma letargia moderada e um prolongamento do tempo necessário para se alimentar até uma perda grave do tónus muscular e incapacidade de respirar adequadamente.
Leptospirose
Leptospirose, ou Enfermidade de Weil, é uma doença provocada por uma bactéria, causando diferentes síndromes, sobretudo reprodutivas, urinárias e circulatórias, sendo transmitida principalmente através da urina de roedores infectados.
Etiologia
A doença é provocada pela bactéria espiroqueta Leptospira interrogans. O agente é sensível à luz solar directa, aos desinfectantes comuns, à dissecação, às variações de pH e a temperaturas superiores a 40ºC.
Fonte de infecção
Diversas espécies animais podem actuar como fonte de infecção, tal como roedores, carnívoros, marsupiais e primatas bem como todos os animais domésticos (bovinos, suínos, cães, etc.). Todavia, em termos de zoonoses, os roedores desempenham um papel epidemiológico mais importante que os demais.
A urina é a principal via de eliminação, contudo o Sémen e o líquido vaginal também podem eliminar leptospiras. A principal via de transmissão é o contacto com água e/ou solo húmido contaminados com leptospiras provindas de animais infectados.
Porta de entrada
A pele e tecidos lesados, seguida da mucosa genital, nasal, oral e conjuntival. Pode também penetrar pela pele íntegra, desde que tenha ficado imersa em água por um longo período (dilatação dos poros), sendo que o período de incubação é de 1 a 2 semanas. Uma vez no agente, ocorrem duas fases distintas
Sintomas
As manifestações clínicas da leptospirose e a sua gravidade são extremamente variáveis. Em alguns animais não há infecção aparente, o que os tornam portadores sãos ou convalescentes, que eliminam as leptospiras pela urina por 38 dias no mínimo, podendo se manter como tal por anos.
Controle
Na fonte de infecção: controle de roedores. Isolamento, diagnóstico e tratamento de animais doentes.
Na via de transmissão: destino adequado das excretas, limpeza e desinfecção química das instalações (uso de derivados fenólicos). Drenagem da água das pastagens, não utilizar sêmen suspeito .
Nos suceptíveis: as vacinas de contra a leptospirose são bacterinas (cultura morta) e por isso a sua imunidade é baixa e previnem contra a sintomatologia clínica. Há relatos de animais que apresentam leptospirúria após a vacinação.
Gonorreia
A gonorréia ou blenorragia é uma infecção venérea, provocada por um microorganismo, o gonococo, ou Neisseria gonorrhoeae.
A gonorréia é uma doença altamente contagiante, com um período de incubação variante de 24 horas a alguns dias (vinte de regra, 2 a 21). No entanto, existem casos em que o período de incubação é superior.
Via de transmissão
A gonorréia é geralmente adquirida através do coito vaginal, mas pode ser também contraída através do coito anal .
Pode ainda, vir a ser contraída através do coito oral, conhecido pelo nome de felação, já que o gonococo pode alojar-se, também nas amígdalas e na faringe.
Sintomas
Cerca de dois a três dias, em média, após o contágio surge um ardor, edema e hiperemia do meato (a abertura da glande por onde sai a urina). Começa a fluir pus abundante.
A secreção é descrita pelo médico como purulenta, mucopurulenta, escassa e mucóide. Geralmente, o sintoma mais precoce (antes de surgir o pus) é um prurido que começa na frente e vai-se estendendo, depois, a toda a uretra. Muitos são os casos em que surge também, uma vontade frequente de urinar, assemelhando-se ao que se sente numa cistite.
Gonorréia nas crianças
A infecção no recém - nascido surge pelo contacto do nascituro com as secreções da mãe contaminada pela gonorréia.
Numa menina na idade pré - pubertária, tanto a vulva como a vagina não apresentam resistência à infecção pelo gonococo, daí a facilidade de uma vulvovaginite gonocócica pelo contacto com adulto infectado ou objectos contaminados, como toalhas e tampas das sanitas.
Tratamento
O tratamento da gonorréia, como de qualquer outra moléstia, deve ser feito sempre por médicos, visto a ingestão desordenada de antibióticos, nem sempre indicados no caso, com doses insuficientes, horários de tomada erradamente estabelecidos, etc., pode dar origem a complicações por vezes sérias, com a propagação dos gonococos para a próstata, as vesículas seminais, os epidídimos e os testículos, no homem, ou para o útero, as trompas, os ovários e os anexos, nas mulheres.
Prevenção
Pessoas com apenas um parceiro sexual têm menos chances de adquirir Gonorréia. É muito importante o uso de preservativo e espermicidas. O preservativo é uma barreira entre o organismo e a bactéria causadora da Gonorréia. Os espermicidas ajudam a eliminar qualquer micro-organismo que entre em contacto com eles.
Difteria
É uma doença transmissível aguda, toxi-infecciosa, causada por bacilo toxigênico que frequentemente se aloja nas amígdalas, na faringe, na laringe, no nariz e, ocasionalmente, noutras mucosas e na pele.
A manifestação clínica típica é a presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas aderentes que se instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas (Forma faringoamigdaliana ou faringotonsilar -angina diftérica). Essas placas podem-se localizar na faringe, laringe (laringite diftérica) e fossas nasais (rinite diftérica), e menos frequentemente na conjuntiva, na pele, no conduto auditivo, na vulva, no pénis (pós-circuncisão) e no cordão umbilical.
A doença manifesta-se por comprometimento do estado geral do paciente, com prostração e palidez; a dor de garganta é discreta, independentemente da localização ou quantidade de placas existentes, e a febre normalmente não é muito elevada (37,5-38,5°C).Nos casos mais graves, há intenso edema do pescoço e aumento dos gânglios linfáticos dessa área (pescoço taurino) e edema periganglionar nas cadeias cervicais e submandibulares. Dependendo do tamanho e localização da placa pseudomembranosa, pode ocorrer asfixia mecânica aguda no paciente, o que muitas vezes exige imediata traqueostomia para evitar a morte.
Agente etiológico
Corynebacterium diph heriae, bacilo gram-positivo, produtor da toxina diftérica, quando infectado por um fago.
Modo de transmissão
Contacto directo da pessoa doente ou do portador com pessoa suscetível (gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar).
Período de incubação
De 1 a 6 dias, podendo ser mais longo.
Complicações
Miocardite, neurites periféricas, nefropatia tóxica, insuficiência renal aguda.
Tratamento
a) Específico -Soro-antidiftérico (SAD), medida terapêutica de grande valor que tem a finalidade de inativar a toxina circulante o mais rapidamente possível e possibilitar a circulação de excesso de anticorpos para neutralizar a toxina produzida pelo bacilo.
b) A sua administração tem que ser o mais precoce possível, pois não tem acção sobre a toxina já impregnada no tecido.
c) Fazer prova de sensibilidade e a dessensibilização, quando necessária.
d) Tratamento de suporte-Repouso, manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, nebulização, aspiração frequente de secreções.
Proposta de actividades
As bactérias podem ser prejudiciais ou úteis para o meio ambiente e para os seres vivos. O tétano, a febre tifóide, a pneumonia, a sífilis, a cólera e tuberculose são algumas das doenças infecto-contagiosas que, na sua maioria, pode ser tratada com antibióticos.
As medidas de higiene são extremamente importantes na prevenção de infecções bacterianas, pelo que se devem explorar dentro da escola as formas de combater os germes e bactérias que nos rodeiam, mostrando aos alunos a importância de lavar as mãos frequentemente e sobretudo antes de mexer em alimentos e antes e depois das refeições, bem como ferver a água, lavar os alimentos frescos, desinfectar feridas com soro fisiológico e solução iodada, esterelização de instrumentos médicos e outras acções que reduziriam em número significativo as infecções que afectam todos os seres humanos.
É ainda importante mostrar às crianças que nem todas as bactérias são prejudiciais ao organismo, havendo algumas que o protegem e outras que são usadas no dia-a-dia na preparação de comida e bebida fermentada, incluindo pickles, queijo, vinagre, vinho, iogurte. Alguns destes organismos unicelulares são usados na produção de drogas terapêuticas, como o caso da insulina, biodegradação de lixos tóxicos, podendo-se desenvolver com as crianças actividades ligadas à importância da defesa do meio ambiente.
A FESTA DO BEM-ESTAR
A turma ou toda a escola poderá empenhar-se na organização de um dia na escola dedicado ao bem-estar. Algumas ideias a desenvolver neste dia: um pequeno-almoço super-saudável-e-apetitoso, uma aula de relaxamento com massagens e música (dada por um instrutor de ioga), uma sessão de exercícios para aprender as posturas mais correctas (dada por um professor de educação física), uma sessão sobre higiene oral (dada por um higienista oral convidado), sessões sobre importância do sono, alimentação equilibrada, equilíbrio energético, higiene íntima, entre outros temas.