Plano de Cuidados – Acidose Metabólica

 
Nome: G. F.
Idade: 57 anos Data de Nascimento: x-x-49
Sexo: Feminino.
Data de Internamento: x-x-2007
Data de admissão na UCI: x-x-07
Diagnóstico Provisório: Acidose metabólica
História Actual
Admitido na UCI por acidémia grave por acidose metabólica no contexto de síndrome de intestino curto e sépsis.
À entrada na UCI sonolenta mas despertável .Orientada e colaborante .
Apirética, FC=110bpm ; TA=140/60. Pele e mucosas desidratadas e descoradas.

Gasometria:
pH:7,10 Na+: 131
PaCO2: 22 K+: 5,5
PaO2: 93 HG: 6,4
HCO3: 8
SaO2: 98%
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Rx Tórax ( 7-3-2007)

História Clínica Pregressa
Válvula mitral desde há 7 anos e fibrilhação auricular crónica.
Mastectomizada em 12-9-06 por neoplasia da mama esq., tendo efectuado radioterapia e actualmente sob quimioterapia.
Por Trombose /Isquémia da mesentérica operada a 6-1-07, tendo realizado ressecçao de todo o intestino afectado, nomeadamente jejuno-ileon, cólon dto., transverso e ângulo esplénico.
Teve alta no fim de Janeiro sob alimentação entérica, voltando a ser reinternada a 16-2-2007 por quadro de desidratação, IRA e Síndrome de Intestino curto. Foi realizada correcção hidro-electrolítica e iniciada alimentação parentérica total.
A 4-3-2007 quadro febril, tendo sido retirado CVC, concomitantemente verificou-se agravamento do quadro de Insuf. Renal e acidémia grave
PLANO DE CUIDADOS ( G. F.)
Data Diagnóstico de Enfermagem Objectivos Intervenções de Enfermagem Avaliação
08-03-07 Alteração da função respiratória, relacionada à imobilidade secundária ao estado de consciência
Padrão respiratório ineficaz diminuição da força muscular
Diminuição do reflexo da tosse por diminuição da força muscular.
Alteração da actividade por astenia e
· Melhorar relação ventilação/perfusão, através de um padrão respiratório mais adequado
· Manter permeabilidade das vias aéreas e uma boa ventilação
· Adquirir conhecimentos sobre mobilização e uma respiração eficaz
· Diminuir os riscos da imobilidade.
· Avaliação do estado de consciência
· Avaliação física do doente
· Vigilância dos parâmetros ventilatórios e adaptação/ sincronismo do doente ao ventilador
· Sinais vitais e Oximetria
· Auscultação e observação do padrão respiratório
· Observação do Rx Tórax
RFR:
- Colocar o doente em posição de relaxamento e descanso.
- Exercícios de consciencialização e controlo da respiração.
- Incentivo a inspiração profunda com ênfase na expiração
- Drenagem postural modificada com manobras acessórias moderadas (Compressão)
- Tosse assistida
- Exercícios de mobilização da articulação escapo-umeral
- Cabeceira a 45ºC
-
Doente prostrada e de difícil despertar
Emagrecida e Mucosas descoradas e desidratadas.
TA: 134/76
P: 121bpm
FR: 13cpm
SaO2: 100%
Padrão respiratório:
Ligeira bradipneia com O2 a 2l/m, por óculo nasal.
Respiração de predomínio torácico de baixa amplitude.
AP: murmúrio vesicular mantido e sem ruídos adventícios nos 2/3 superiores do tórax. Diminuído nas bases.
Após RFR:
Devido ao estado de prostraçao
Durante a sessão tentou-se estimular a tosse, com SF, mas sem êxito.
Aparentemente não apresenta secreções. SaO2 melhora com abertura costal selectiva á esq., atingindo os 100%. No final da sessão FR= 18 a 22 crm e SaO2 a 97%. AP sem alteração.
Por se apresentar muito sonolenta teve dificuldade em colaborar nos exercícios.
RFM:
Apresenta força grau 5/5 em todos os segmentos dos MS's e MI's.
Sensibilidade mantida
Apresentou-se muito receptiva aos exercícios os quais realiza sem dificuldade