CONTEXTUALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO
Nome: C.L.
Idade: 65 anos

Admissão: x/03 /2008
História actual:
O senhor C.L. deu entrada no Hospital de São José no dia x/03/2008 por dispneia, com saturações de oxigénio de 54% e com diminuição global do murmúrio vesicular. Foi entubado orotraquealmente e teve melhoria da saturação de oxigénio, fez terapêutica broncodilatadora. Foi transferido para a Unidade de Cuidados intermédios do Serviço 2 de Medicina, foi extubado de forma a poder fazer ventilação não invasiva – BIPAP, tendo iniciado igualmente terapêutica antibiótica e corticoterapia, com melhoria significativa da saturação de oxigénio.
28/03/2008 – Mantém ventilação não invasiva com BIPAP, inicia discurso delirante e inicia perfusão de Haloperidol, que suspende ainda no Serviço de Medicina.
31/03/2008 – Diminui a saturação de oxigénio, com quadro de dispneia e diminuição do murmúrio vesicular, é transferido para a UCIP onde é entubado orotraquealmente e conectado ao ventilador em pressão assistida; colocado cateter venoso central, linha arterial, sonda nasogástrica (tendo iniciado alimentação entérica) e drenagem vesical.
4/04/2008 - Extubado orotaquealmente, fica com oxigénio a 6 l/m, retirada sonda nasogástrica e inicia dieta mole.
5/04/2008 – Transferido para o Serviço de Medicina.
Diagnostico: DPOC agudizada por infecção respiratória;
Insuficiência cardíaca congestiva descompensada.
Antecedentes pessoais: Hábitos tabágicos de 50 cigarros dia;
Insuficiência cardíaca congestiva;
Oxigénio de longa duração – 8 horas/dia.
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
1/4/2008 | § Alteração do padrão de ventilação relacionada com DPOC e manifestada por saturação de oxigénio de cerca de 90% e presença de secreções mucopurulentas em grande quantidade. | § Manter a saturação de oxigénio acima dos 90%; § Manter as vias aéreas permeáveis. | § Monitorizar frequência respiratória e saturação de oxigénio; § Observar características da pele/mucosas; § Vigiar características das secreções aspiradas pelo tubo endotraqueal; § Aspirar secreções quando necessário; § Efectuar higiene oro nasal após aspiração; § Promover o aporte de líquidos, cerca de 50cc de 4/4 horas, de acordo com a tolerância gástrica do Sr.C.L.; § Observar os Rx Tórax; § Auscultação da respiração; § Realização de manobras acessórias – vibrações, percussões e compressões. | 1/4/2008 § Saturação de oxigénio superior a 90%; § Frequência respiratória cerca de 30 cpm; § Pele e mucosas coradas; § Auscultação da respiração: diminuição generalizada do murmúrio vesicular; § Rx Tórax: sem alterações; § Após realização de manobras acessórias, feita aspiração de secreções mucopurulentas pelo tubo endotraqueal, em grande quantidade; |
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
4/4/2008 § Ensino da dissociação dos tempos respiratórios e da respiração diafragmática § Ensino da tosse (dirigida e assistida). | 4/4/2008 § Extubado orotraquealmente; § Participativo nas técnicas de reeducação respiratória; § Tem dificuldade em expelir as secreções após acessos de tosse, engole as secreções. | |||
1/4/2008 | § Alteração da mobilização, relacionada com DPOC manifestada por dispneia a pequenos esforços. | § Manter a integridade das estruturas articulares, do tecido cutâneo e tecidos subjacentes. § Conservar a amplitude e flexibilidade articular; § Melhorar a circulação de retorno. | § Vigiar as características da respiração durante a mobilização; § Vigiar a mobilidade (tónus muscular, amplitude do movimento); § Mobilizações activas resistidas em todas as articulações: § Pescoço: Ø Flexão / extensão; Ø Inclinação lateral; Ø Rotação. § Escapulo-umeral: Ø Flexão / extensão; Ø Adução / abdução; Ø Rotação interna e externa. § Cotovelo: Ø Flexão / extensão. § Punho: Ø Flexão / extensão; Ø Desvio radial / desvio cubital; Ø Circundução. | 1/4/2008 § Respiração toracoabdominal, mantém dispneia a pequenos esforços (após as mobilizações e o levante); § Apresenta tónus muscular com força grau 5/5; § Realizadas mobilizações activas resistidas em todas as articulações apenas uma vez no turno, por o Sr.C.L. ficar muito cansado após; § Estimulado a automobilizar-se em todos os turnos; § Efectuado levante das 10 até cerca das 17 horas com participação do Sr.C.L. |
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
§ Antebraço: Ø Pronação/supinação. § Dedos da mão: Ø Flexão / extensão; Ø Adução / abdução; Ø Oponência. § Coxo-femural: Ø Flexão / extensão; Ø Adução / abdução; Ø Rotação interna e externa. § Joelho: Ø Flexão/extensão. § Tíbio-társica: Ø Flexão / extensão; § Antepé: Ø Inversão / eversão; § Dedos do pé: Ø Flexão / extensão; Ø Adução / abdução. § Estimular a automobilização; § Promover o levante. |
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
1/4/2008 | § Alteração do padrão alimentar relacionada com EOT manifestada por presença de sonda nasogástrica. | § Manter satisfeitas as necessidades alimentares durante o internamento. | § Verificar a permeabilidade e localização da sonda; § Avaliar o conteúdo gástrico residual; § Administrar a alimentação de acordo com a prescrição; § Lavar a sonda e verificar a sua fixação; § Mudança de sonda nasogástrica de 10/10 dias. | 1/4/2008 § Tolera a alimentação entérica; § Mudar a sonda nasogástrica a 9/4/2008. 4/4/2008 § Extubado orotraquealmente, retirada sonda nasogástrica e inicia dieta mole que tolera. |
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
1/4/2008 | § Alteração dos hábitos de higiene e conforto relacionada com DPOC manifestada por deficit para o autocuidado, necessita de ajuda total nos cuidados de higiene. | § Manter satisfeitas as necessidades de higiene e conforto durante o internamento. | § Prestação de cuidados de higiene e conforto no turno da manhã e sempre que necessário, com ajuda total; § Massajar a superfície corporal com incidência nas zonas com proeminências ósseas, de acordo com o estado da pele; § Estimular a automobilização; § Vigiar características da pele. | 1/4/2008 § Prestados cuidados de higiene e conforto no turno da manhã; § Massajada superfície corporal com incidência nas proeminências ósseas; § Pele corada, hidratada e integra. |
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
1/4/2008 | § Alteração da eliminação vesical relacionada com DPOC manifestada pela presença de drenagem vesical. § Risco de infecção urinária por presença de drenagem vesical. | § Manter satisfeitas as necessidades de eliminação vesical, durante o internamento; § Manter o Sr.J.P. sem infecção urinária, durante o internamento. | § Avaliar as características da urina; § Monitorizar débito urinário / turno; § Vigiar balanço hídrico; § Vigiar as características da urina; § Promover o aporte hídrico, de 4/4 cerca de 50cc; § Vigiar sinais inflamatórios do meato urinário; § Monitorizar sinais de infecção; § Posicionamento/imobilização do cateter vesical; § Mudança de algália de 8/8 dias. | 1/4/2008 § Urina amarelada, sem sedimento; § Débito urinário por turno de mais ou menos 700 ml; § Mudar a algália a 8/4/2008; |
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
1/4/2008 | § Risco de infecção por presença de cateter venoso central, linha arterial. | § Manter o Sr.J.P. sem infecção. | § Vigiar sinais inflamatórios nos locais de inserção do cateter venoso central e linha arterial; § Cumprir protocolo de controle de infecção nosocomial da Unidade; § Vigiar temperatura corporal. | 1/4/2008 § Locais de inserção do cateter venoso central e da linha arterial sem sinais inflamatórios. |
DATA | PROBLEMAS | RESULTADOS ESPERADOS | ACÇÕES DE ENFERMAGEM | AVALIAÇÃO Rubrica |
1/4/2008 | § Risco de novos episódios de IRA. | § Evitar novos episódios de IRA. | § Ensino / preparação para a alta, sobre os efeitos do tabagismo e sobre consultas de evicção tabágica; § Esclarecimento de dúvidas colocadas pelo Sr.C.L.; § Preparação da família para a alta do Sr.C.L. | 1/4/2008 § O Sr.C.L. não se encontra receptivo ao ensino sobre suspensão do consumo de tabaco, § Não teve visitas. 4/4/2008 § Refere não ter vontade de fumar por ter medo de novos episódios de IRA; § Realizado ensino sobre consultas de evicção tabágica; § Não teve visitas. |